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Agência Pará de Notícias Para atuar em assaltos com reféns, os policiais militares usam as técnicas apreendidas durante a formação na academia, no Instituto de Ensino de Segurança Publica do Pará (Iesp), na disciplina Gerenciamento de Crise e Mediação de Conflitos. Desde 2006, o curso se tornou obrigatório para iniciantes na carreira militar. As companhias operacionais, como a Ronda Tática Metropolitana (Rotam) e a Companhia de Operações Especiais (COE), e os aspirantes a oficial da PM também são preparados para lidar com esse tipo de situação. Na última terça-feira (9), mais um caso de assalto com refém foi registrado em Belém, no bairro da Sacramenta. Um menor, ao tentar assaltar um transeunte, foi surpreendido por uma viatura da PM, e diante da abordagem, fez a vítima refém. A mediação junto ao assaltante, um menor de 17 anos, foi feito pelo comandante da 7ª Área Integrada de Segurança Pública, capitão da PM Elton Medeiros. Segundo ele, as principais providências nas ocorrências de assalto com refém são: isolar a área, conter o tomador de assalto e estabilizar a situação, dando a noção de segurança para o assaltante. “O criminoso toma de refém a vítima quando o assalto é frustrado. Ele está sob muita adrenalina e não consegue raciocinar direito. Usa a vítima para se proteger, por isso é importante mantê-lo tranquilo”, explica. Os crimes com refém envolvem três situações. Na primeira, o assaltante toma a vítima de refém quando assalto é frustrado. A segunda são os casos de terrorismo, nos quais a violência e o sequestro são usados para intimidar a vítima, organização política ou facção. A terceira situação está relacionada a transtornos psiquiátricos, quando o criminoso põe em risco a própria vida. “Os casos de terrorismo dificilmente acontecem no Brasil. O mais comum é o primeiro, quando os assaltos são frustrados. As ocorrências envolvendo portadores de transtornos mentais são as mais delicadas, porque a polícia não consegue identificar de imediato se o envolvido está sob efeito de drogas ou tem problemas psiquiátricos. São casos que geralmente envolvem tentativas de suicídio”, observa o capitão. Em muitos casos, a população critica o atendimento de algumas exigências feitas pelos criminosos durante o momento da negociação. Segundo o capitão Elton Miranda, os pedidos são atendidos com o intuito de reduzir o potencial ofensivo do criminoso. “Se o assaltante pede um cigarro, ele é atendido, porque o tabagista se acalma quando fuma. Negociamos mediante o cumprimento da exigência, a liberação de um refém ou qualquer outro fator que contribua para o término da situação”, explica. O interlocutor, na maioria das vezes, é o policial, que chega primeiro ao local do crime. Em alguns casos é instalado um gabinete para controle da situação, com os policiais que atuam na negociação, os policiais preparados para o time tático (invasão do local), psicólogos, a família do criminoso e a imprensa. O principal cuidado nos crimes com refém é manter distante a população, que na maioria das vezes quer fazer justiça com as próprias mãos. “Durante o chamado ritual de rendição, uma viatura já precisa estar a postos para tirar o assaltante da cena, preservando a integridade física dele, pois a população sempre quer ir para cima do criminoso”, ressalta. Texto: Danielle Ferreira - Secom Fone: (91) 3202-0912 / (91) 9117-7020/ 8272-3665 Email: danielleferreira@agenciapara.com.br Foto:Carlos Sodré/Ag.Pará Secretaria de Estado de Comunicação Rodovia Augusto Montenegro, km 09 - Coqueiro - Belém - PA CEP.: 66823-010 Fone: (91) 3202-0901 Site: www.agenciapara.com.br Email: gabinete@secom.pa.gov.br